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quarta-feira, 7 de abril de 2021

AS PERNAS DE FERRO E PÉS:FERRO E BARRO

AS PERNAS DE FERRO E PÉS:FERRO E BARRO

Por: Jaime D. Silva e Júlio C. Albach.



O QUE A TEOLOGIA, NÃO VIU E NEM OUVIU.

 

Bom estudo, Deus te abençoe em Graça e em conhecimento.    




“A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e suas coxas de cobre.”

AS PERNAS DE FERRO; OS SEUS PÉS EM PARTE DE FERRO E EM PARTE DE BARRO. Dn. 2:32-33.

 

-O DUPLO SIGNIFICADO DAS PERNAS DE FERRO E PÈS PARTE DE FERRO E BARRO: 

Esta parte da profecia, teve seu fato figurativo histórico menor cumprido, com o domínio do IMPÉRIO ROMANO, entre (168 a.C. a 476 a. d.).

No tocante ao cumprimento do FATO MAIOR desta profecia, ele também foi projetado para os fins dos dias:

 

O FERRO: A própria Escritura define O FERRO pela sua consistência FORTE; significando o quarto reino, o do ANTI-CRISTO, o qual esmiúçará e quebrantará tudo.

“E O QUARTO REINO será FORTE COMO FERRO; pois, como ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará.” Dn. 2:40

 

O FERRO também aparece na visão dos quatro animais simbólicos de Daniel, exatamente na figura do QUARTO ANIMAL, representando o mesmo reinado do ANTI-CRISTO, visto acima.

“Depois disto, eu continuava olhando nas visões de noite, e eis aqui O QUARTO ANIMAL, TERRÍVEL E ESPANTOSO, E MUI FORTE, o qual TINHA DENTES GRANDES DE FERRO; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez pontas.” Dn. 7:7

 

Estas DEZ PONTAS do quarto animal fazem também um paralelo com os DEZ DEDOS DA ESTÁTUA, e possuem um mesmo significado:

“E OS DEZ CHIFRES que viste SÃO DEZ REIS, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.” Ap. 17:12 – Dn. 7:24.

 

-PÉS EM PARTE DE FERRO E EM PARTE DE BARRO

A Escritura define também o significado dos PÉS EM PARTE DE FERRO E EM PARTE DE BARRO.

“E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro do oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa de firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com o barro de lodo.

E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.

Quanto ao que viste do ferro misturado com o barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro.” Dn. 2:41-43.

 

-O FERRO NO TABERNÁCULO

No Tabernáculo não havia nenhuma espécie de FERRO, pois este metal na linguagem profética foi designado para representar o reino do Anti-Cristo, que no futuro virá de fora para dentro, dos gentios (não salvos), para pisar o Santuário.

“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações E PISARÃO A CIDADE SANTA por quarenta e dois meses.” Ap. 11:2.

 

“...Até quando durará a visão do contínuo sacrifício, e da transgressão assoladora para que seja entregue o santuário, e o exército, AFIM DE SEREM PISADOS? Dn. 8:13b.

 

 

 


-O BARRO NO TABERNÁCULO E NA ESTÁTUA

A Escritura fala de DOIS TIPOS DE BARROS: O BARRO PARA A HONRA, E O BARRO PARA A DESONRA.

“Ou não tem o oleiro poder sobre O BARRO, para da mesma massa fazer UM VASO PARA HONRA, E OUTRO PARA A DESONRA? Rm. 9:21.

 

-O BARRO DE HONRA NO TABERNÁCULO: Era representado pelo Sumo Sacerdote, que entrava uma vez ao ano no Santo dos Santos, diante da presença de Deus, com sangue alheio (Hb. 9:7); prefigurando Cristo, a semente da mulher (Gn. 3:15), O VERDADEIRO VASO DE HONRA o qual mais tarde, penetraria no Santo dos Santos celestial diante de Deus, com seu próprio sangue.

“Ora a suma do que temos dito é que temos UM SUMO SACERDOTE tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,

Ministro do Santuário, E DO VERDADEIRO TABERNÁCULO, o qual o Senhor fundou e não o homem.” Hb. 8:1-2.

 

-O BARRO DE DESONRA NA ESTÁTUA

Já na estátua, os pés em parte de barro representam O BARRO DE DESONRA E DA IRA; formados pelos israelitas e gentios que misturar-se-ão com o FERRO (governo Anti-Cristo). Dn. 11:32.

“E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência OS VASOS DA IRA, preparados para perdição”. Rm. 9:22.

 

-O BARRO DE HONRA E DE DESONRA, FORA DO TABERNÁCULO

As doze tribos de Israel habitavam ao redor do Tabernáculo, estes eram CIRCUNCIDADOS, e estavam sob o concerto do Senhor (Gn. 17:10-11), por serem OS RAMOS NATURAIS (Rm. 11:21), figurativamente eram considerados também BARRO DE HONRA.

Já O BARRO DE DESONRA, representava AS NAÇÕES GENTIAS que ficavam fora do Tabernáculo, as quais eram INCIRCUNCISAS, por não terem chegados ainda ao concerto do Senhor.

 

EXISTE UM QUINTO REINO NA ESTÁTUA?

Não, os intérpretes históricos têm feito separação dos PÉS EM PARTE DE FERRO, DOS PÉS EM PARTE DE BARRO (Dn. 2:33), acreditando erroneamente que tratam de DOIS REINOS DIFERENTES dentro da estátua, acrescentando UM QUINTO REINO a ela. Mas esta teoria se mostra completamente divorciada, tanto na letra bíblica, quanto da ordem profética. A Escritura é clara e trata apenas de QUATRO REINOS:

“E O QUARTO REINO SERÁ FORTE COMO O FERRO; pois como o ferro esmiuça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará.

E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro do oleiro, e em parte de ferro, isso será UM REINO (NÃO DOIS REINOS) dividido: contudo haverá NELE   (NÃO NELES) alguma coisa de firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com o barro de lodo.

E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte O REINO (NÃO OS REINOS) será forte, e por outra será frágil.

Quanto ao que viste do ferro misturado com o barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro.” Dn. 2:40-43.

 

Conforme vimos, além de não existir UM QUINTO REINO PROFÉTICO na estátua, também os maus intérpretes das profecias, não apresentam nenhuma outra base bíblica, nem do A.T. e nem do N.T, não passando de mera especulação.

 

Ao passo que as bases e a ordem profética dos QUATRO REINOS mostradas por nós nas Escrituras, são patentes tanto no A.T quanto no N.T: NAS QUATRO PARTES DO TABERNÁCULO, NOS QUATRO ANIMAIS SIMBÓLICOS (Dn. 7:3), NOS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE, etc...

 

 

 


 -A MARCA DA BESTA 666

A maioria teológica acredita que a marca da besta será UM CHIP implantado no corpo humano (o Verychip=chip de implante); e que todos os produtos mundiais serão rastreados pelo RIFD (identificação por rádio freqüência). Mas isto é outro grande engano, pois a segunda besta (Anti-Cristo) não precisará copiar tecnologia humana alguma, para colocar a sua marca. No seu governo, este personagem manifestará ao mundo outra tecnologia: A DOS ANJOS, que superará em muito a nossa, sendo: FORTE E PODEROSA (II Pe. 2:11). Mesmo porque, até ao final da 3ª guerra mundial, as tecnologias humanas, estarão em processo de extinção.

 

Portanto, a Bíblia afirma que este QUARTO REINO, será “DIFERENTE DE TODOS” os reinos, inclusive em comparação até ao da primeira besta; aludindo várias vezes que o tal, será de “OUTRO MUNDO”.

a)- Seu líder, descerá de uma outra dimensão à terra. Ap. 12:12-13.

b)- Não será da mesma semente do barro de Adão.

c)- Terá a consistência do FERRO.

d)- Trará literalmente a Morte e o inferno à terra. Ap. 6:8.

e)- Seus anjos (demônios), misturar-se-ão com a semente humana, mas não se ligarão ao barro.

f)- Seus exércitos escarnecerão dos reis e das suas fortalezas. Hc. 1:10

g)- Pisará a pés, o restante da semente da mulher. Dn. 7:7 – Ap. 12:17

 

Aliás, para dominar e governar totalmente a terra, em apenas 1.290 dias de governo (Dn. 12:11), o Anti-Cristo terá que ser mesmo alguém de um poder e uma ciência de outro mundo, tendo em vista que a tecnologia do CÓDIGO DE BARRAS inventada nos Estados Unidos em 70, nem depois de 42 anos (2012), conseguiu alcançar totalmente  o mundo. Muito menos O VERYCHIP DE IMPLANTE e nem O RIFD, poderão alcançar toda a população mundial, em apenas TRÊS ANOS E MEIO.

 

Diante destas verdades, preferimos não acrescentar e nem diminuir as Escrituras, o Apóstolo Paulo mencionou para a Igreja, o poder e a ciência que o inimigo trará ao mundo, na sua vinda.

“A esse CUJA VINDA é segundo a eficácia de Satanás, COM TODO O PODER, E SINAIS E PRODÍGIOS DE MENTIRA,

E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Ts. 2:9-10.

 

“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas;

Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o NUMERO DA BESTA; porque é um número de um homem, E O SEU NÚMERO É SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS.” Ap. 13:16-18.

 

A DURAÇÃO DO PERÍODO DAS PERNAS DE FERRO E PÉS: FERRO E BARRO

“E desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá MIL DUZENTOS E NOVENTA DIAS”. Dn. 12:11

 

A exemplo da 1ª besta, o Anti-Cristo dominará o mundo até a consumação deste século mau (Dn. 9:27d). A Bíblia ressalta que lhe será dado um tempo de TRÊS ANOS E MEIO, ou MIL DUZENTOS E NOVENTA DIAS de domínio total sobre a terra e de perseguição ao povo israelita; que somados aos três anos e meio de perseguição que haverá antes sobre a Igreja gentia, completará SETE ANOS.

 

Passado os dias do Anti-cristo (1.290), e mais 45 dias, o anjo Gabriel deu uma previsão de tempo, mais próxima da vinda de Jesus.

“BEM-AVENTURADO O QUE ESPERA E CHEGA ATÉ MIL TREZENTOS E TRINTA E CINCO DIAS.” Dn.12:12

 

O LIVRAMENTO COLETIVO, PARA A IGREJA NO PERÍODO DO ANTI-CRISTO

João viu em sua visão, o cumprimento dessa profecia na figura DA MULHER perseguida pelo Dragão, escondida e sustentada no deserto.

“E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, PERSEGUIU A MULHER que dera à luz o varão.

E foram dadas à mulher duas asas de grande águia para que voasse para o deserto, ao seu lugar (Moabe) onde é sustentada por um tempo, e tempos, e  metade de um tempo, fora da vista da serpente.

E o Dragão irou-se contra a mulher (Igreja), e foi fazer guerra ao resto da sua semente, (os remanescentes israelitas) os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Ap. 12:13-17.

 

“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is. 55:6

 

Jaime e Júlio

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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Estudos Textuais

 

Estudo do Livro de Oséias por Dennis Allan

 Introdução ao Livro

Oséias 1:1- 2:1
Oséias 2:2-23
Oséias 3:1-5
Oséias 4
Oséias 5:1-14
Oséias 5:15 - 6:11
Oséias 7
Oséias 8
Oséias 9
Oséias 10
Oséias 11:1-11
Oséias 11:12 - 12:14
Oséias 13
Oséias 14


Introdução ao Livro

Oséias escreveu no oitavo século a.C. (segundo as datas dos reinados dos reis mencionados em 1:1), durante a mesma época do trabalho de Amós (Amós 1:1), Isaías (Isaías 1:1) e Miquéias (Miquéias 1:1). Ele fala sobre o povo que se achava bom e próspero, mas estavá se apodrecendo por causa da idolatria, a imoralidade e a injustiça. Destes quatro, Amós e Oséias profetizaram principalmente para Israel, e Isaías e Miquéias pregaram mais para Judá.

Oséias viveu nos últimos dias do reino de Israel. Devido a séculos de pecado, o povo estava chegando ao fim. A infidelidade espiritual do povo é comparada ao pecado de adultério. Para conhecer mais esse período da história, leia 2 Reis 14-17 e 2 Crônicas 26-29.

O livro de Oséias, talvez mais do que qualquer outro livro do Velho Testamento, expõe o coração de Deus. Oséias vive no próprio casamento o que Deus estava passando em relação a Israel. Os primeiros três capítulos descrevem a vida de Oséias. Ele se casa, mas a mulher dele se torna adúltera. Ele sofre com a infidelidade dela, mas ainda mostra a misericórdia para tomá-la de volta. Assim Deus viu a sua noiva, o povo de Israel, se envolvendo com "outros deuses", ou seja, cometendo adultério espiritual. Mesmo depois de tudo que Israel havia feito, Deus teria graça e misericórdia para reconciliar com esta esposa adúltera e estabelecer uma nova aliança com ela.

Nos próximos estudos, vamos examinar o texto deste livro impressionante.


Leia mais:

Amar a Quem Não Merece (O Que Está Escrito?, Ano 5, Número 8). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc58.htm

A Revelação de Deus: Uma Vista Panorâmica da Bíblia (D49). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d49.htm

A Revelação do Plano de Deus: A História do Plano da Redenção (A1). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a1.htm


Oséias 1:1 - 2:1

1:1

O nome "Oséias" quer dizer "salvação". Como freqüentemente acontece nos livros dos profetas, o nome do autor combina perfeitamente com a sua mensagem. Oséias condena os pecados do povo, mas apresenta uma mensagem de esperança e perdão.

Pelos nomes dos reis citados, podemos definir a data do livro de Oséias no oitavo século a.C., na última geração antes da destruição de Samaria e o cativeiro do povo de Israel (o reino do norte).

1:2-3

O casamento de Oséias com Gômer representa a relação de Deus com Israel.

**Obs.: "toma uma mulher de prostituições" provavelmente sugere que ela veio de um ambiente de imoralidade, e teria a tendência de se tornar adúltera. Não faz sentido sugerir que Deus mandou que Oséias se casasse com uma prostituta, por vários motivos: (1) Deus sempre incentiva a pureza no casamento; (2) O caso de Gômer é paralelo ao de Israel, que se tornou adúltera depois de "casar" com Deus; (3) O relato comenta sobre filhos que nasceram depois do casamento, mesmo de adultério, mas não fala de nenhum filho nascido antes do casamento dela com Oséias.

1:3-5

Gômer teve o primeiro filho.

**Obs.: "e lhe deu um filho" (1:3) mostra que este primeiro filho era do próprio Oséias.

Deus lhe deu o nome de Jezreel, que significa "Deus espalha" ou "Deus semeia". O nome sugere os planos de Deus para Israel: (1) Espalhar o povo no cativeiro, (2) Semear para ele um povo purificado.

Jezreel foi a cidade onde moraram alguns dos reis de Israel, e onde Jeú acabou com a casa de Acabe. Deus prometeu trazer castigo sobre a casa de Jeú e fazer cessar o reino e o arco (poder militar) de Israel.

**Obs.: Deus usou Jeú para destruir a casa de Acabe e lhe entregou o reino. Mas, Jeú não se dedicou ao Senhor. Ele imitou os pecados de Jeroboão, filho de Nebate (2 Reis 10:31). Jeroboão II, o rei de Israel quando Oséias escreveu, foi o penúltimo rei da linha de Jeú. Depois da morte dele, Zacarias, seu filho, reinou por seis meses e foi assassinado, terminando o domínio da dinastia de Jeú (2 Reis 15:8-10).

**Obs.: O Vale de Jezreel ou Megido foi o lugar de algumas batalhas decisivas (Juízes 4-7; 2 Reis 23:28-30).

1:6-7

Gômer concebeu outra vez e teve uma filha. O nome dela (Lo-Ruama-NVI) é traduzido em algumas Bíblias (RA2) como Desfavorecida. Significa "não amada".

**Obs.: Tudo indica que Oséias não foi o pai desta filha de Gômer. Considere: (1) Em contraste com o primeiro ("e lhe deu" - 1:3), aqui diz simplesmente que "deu à luz" (1:6); (2) O nome dela sugere a rejeição pelo marido de Gômer.

Deus explicou o significado profético do nome Lo-Ruama. Ele não mostraria mais favor (graça, misericórdia) à casa de Israel, mas ainda teria compaixão para com Judá. Este seria salvo, não pela força militar, mas pelo poder de Deus (veja o que aconteceu em Isaías 37:36-38).

1:8-9

O terceiro filho de Gômer, outro menino, recebeu o nome de Lo-Ami (NVI) que quer dizer "Não-Meu-Povo" (RA2).

**Obs.: De novo, tudo indica que Oséias não foi o pai desta criança.

O nome simbolizava a rejeição de Israel por Deus.

1:10 - 2:1

A rejeição do povo seria temporária. Observe nestes versículos:

(1) Embora Deus fizesse "cessar o reino da casa de Israel" (1:4), ele não destruiria todas as pessoas (1:10). Ele não tinha esquecido da promessa de abençoar todas as famílias da terra por meio do descendente de Abraão (Gênesis 12:3).

(2) Deus mudaria a sorte do povo: De "Não-Meu-Povo" para "Filhos do Deus Vivo"; De Desfavorecida para Favor.

(3) Israel e Judá se uniriam sob uma só cabeça.

**Obs.: 1 Pedro 2:10 cita esta mudança de nomes para mostrar as bênçãos espirituais recebidas pelo povo espiritual da Nova Aliança. Os cristãos são os filhos do Deus Vivo, favorecidos por ele. Jesus é o único cabeça deste povo (Efésios 1:22-23).


Leia mais:
Amar a Quem não Merece (O Que Está Escrito?, agosto de 1998). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc58.htm

O Que É a Igreja? (A14). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a14_4.htm

O Reino Estabelecido (A15). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a15_22.htm


Oséias 2:2-23

**Obs.: Neste trecho, Deus está falando sobre Israel como sua mulher adúltera (veja 2:16).

2:2-8

Deus tem motivo inegável para repudiar Israel: As prostituições e adultérios dela.

Ele, porém, gostaria de poupá-la. Para fazer isso, teria que ver o arrependimento dela.

**Obs.: Embora o livro de Oséias não seja um livro de regras de como lidar com o adultério, podemos observar algumas coisas importantes que ajudam em saber como tratar adúlteros. Aqui já observamos o primeiro ponto: o perdão (por parte do marido) do adultério da mulher dependia do seu arrependimento. Deus sempre está disposto a perdoar, mas a falta de arrependimento do pecador impede a comunhão (veja Isaías 59:1-2).

Se Israel não se arrepender, Deus a deixaria sofrer as conseqüências do pecado. Ela se tornaria em terra seca e os filhos sofreriam.

Quando Israel foi atrás de amantes (ídolos), ela achou que eles fossem a fonte das suas necessidades.

**Obs.: O Diabo e seus servos (sejam religiões falsas, tentações carnais, etc.) oferecem coisas atraentes para nos enganar. Muitas pessoas acham que os benefícios do erro justificam os riscos. Pode haver alguns benefícios-prazeres, lucros, amizades, etc.- mas o preço final é sempre mais alto do que o valor dos benefícios. "Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?" (Jeremias 5:31).

Deus, como marido, impediu o acesso de Israel aos seus amantes, dando-lhe motivo para voltar e buscar o marido.

**Obs.: Felizes são os pecadores que enxergam a realidade e deixam o pecado para voltar ao Senhor!

De fato, não foram os amantes e sim o próprio Senhor que sustentava Israel. Ela tomou as coisas que Deus lhe deu e as usou para servir Baal (um falso deus).

**Obs.: Ezequiel 16 apresenta uma versão mais ampla desta mesma história, só que a esposa em Ezequiel é Judá e não Samaria.

2:9-13

Quando Israel insistiu em praticar a prostituição espiritual, Deus decidiu castigá-la. O castigo incluiu vários aspectos:

-Ele retinha as necessidades que sempre lhe havia dado (9).

-Ele deixou Israel exposta diante dos amantes, onde os outros perceberam a pobreza e nudez dela (10).

-Ele tirou o gozo que ainda restava na vida dela (11). As coisas citadas neste versículo se referem ao gozo da comunhão com Deus (Festas, sábados e solenidades). Deus lhe negou a comunhão devido à infidelidade do povo.

-Ele destruiu as coisas que ela recebeu, supostamente, dos amantes (12).

-Ele deixou o povo sofrer durante um determinado tempo, conforme o tempo em que andava na idolatria (13).

**Obs.: As conseqüências do pecado são, freqüentemente, os resultados naturais do próprio erro. Deus simplesmente parou de proteger e cuidar do povo, e Israel sofreu nas mãos dos próprios amantes. O mundo ensina algumas lições duras quando uma pessoa se entrega ao pecado (veja a parábola do filho pródigo, Lucas 15:11-32).

**Obs.: Mais uma aplicação em relação aos adúlteros. A vítima (a pessoa ofendida pela traição do companheiro) não deve proteger o pecador, ainda não arrependido, das conseqüências do crime cometido. Deus amava a Israel, mas ele a deixou sofrer para chegar ao remorso necessário para a reconciliação. A pessoa que comete adultério normalmente se encontra depois desamparada e pode até passar por privações. Tais conseqüências do erro podem ser exatamente o que precisa para refletir e chegar ao arrependimento.

2:14-23

Depois do período de sofrimento, Israel é atraída de novo pelo próprio marido. A figura aqui é de um namoro e reconciliação.

Deus atraiu a sua mulher infiel e a levou para o deserto para falar ao coração. Deus age para possibilitar a volta dela, mas somente num lugar longe dos amantes.

Ele a trata bem, como nos dias do namoro com a jovem.

**Obs.: O vale de Acor se torna em porta de esperança (15). Acor quer dizer desastre ou desgraça. Foi o lugar onde Acã morreu depois do seu pecado na conquista de Canaã (Josué 7:24-26). Por meio da desgraça do cativeiro na Assíria (veja 11:5), o povo encontraria a esperança da nova vida. Os momentos difíceis em nossas vidas, até as correções que Deus nos dá como filhos, servem como portas de esperança (veja Hebreus 12:4-13).

Ela chamaria Deus de "meu marido", não de "meu Baal" ou "meu senhor" (16-17).

**Obs.: A palavra "baal" significa "senhor" ou "mestre". Chamando Deus por este nome, no contexto da idolatria do povo, estaria deixando-o no mesmo nível com estes falsos deuses. O ponto não é de falta de respeito, pois ele é realmente o único Senhor. É questão de restabelecer a intimidade de marido e mulher, nem falando mais dos amantes.

**Obs.: Mais uma lição que ajuda na reconciliação depois do adultério. A adúltera deve cortar todo contato com o seu amante. Para mostrar o arrependimento, o próprio marido deve ser o único homem na vida dela.

Deus daria de volta a terra perdida, e deixaria o povo habitar em segurança (18).

Ele faria uma aliança de casamento para sempre com a sua mulher arrependida (19-20).

**Obs.: O amor de Deus. Depois de tudo que Israel fez, repetidas vezes traindo o marido bondoso que tanto a amava, ele se dispôs a tomá-la de volta e entrar numa nova aliança de casamento. Que amor!

Ele seria um Deus bondoso, e ela um povo fiel e abençoado (21-23).


Leia mais:
O que quer dizer "vinho" na Bíblia? (A16). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/bd61.htm

Lava o teu Coração (O Que Está Escrito?, Agosto de 1999). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc68.htm

Divórcio e Arrependimento (C3). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/c3.htm

Crucificando a Carne (D23). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d23.htm

O que Deus Diz sobre o Divórcio (D87). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d87.htm

A Idolatria e a Feitiçaria (A11). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a11_5.htm

O que Significa Perdoar? (D42). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d42.htm

Salvação sem Arrependimento? (A3). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a3_6.htm

Casamento, Divórcio e Novo Casamento (C2). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/c2.htm

As Condições para o Perdão (A13). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a13_20.htm


Oséias 3:1-5

Este pequeno capítulo completa a figura da vida familiar de Oséias.

Deus mandou que Oséias tomasse de volta a sua esposa adúltera (1).

**Obs.: Mesmo depois do pecado de adultério, perdão e reconciliação são possíveis!

Oséias obedeceu, comprando de volta a sua mulher (2).

**Obs.: É calculado que o valor pago aqui equivale o valor de uma escrava (veja Êxodo 21:32).

Oséias e Gômer não voltaram imediatamente a ter relações conjugais. Ele esperou para ver se ela realmente ficaria longe dos amantes (3).

**Obs.: Leva tempo reconstruir a confiança no casamento depois da traição. É razoável a pessoa traída pedir algum tempo antes de voltar às relações normais.

Na aplicação à nação, Deus deixaria o povo muito tempo sem liderança e sem as coisas necessárias para adorá-lo corretamente. Ao mesmo tempo, ficariam sem os ídolos (4).

No final, Israel seria completamente reconciliada com Deus e com Davi, seu rei (5).

**Obs.: Este versículo se refere à restauração espiritual do povo na Nova Aliança. Davi simboliza Jesus. Os últimos dias se referem à época do Novo Testamento. Por meio de Jesus, Israel espiritual se aproxima do Senhor (Gálatas 3:26-29), depois de um período em que o povo estava em casa mas não em plena comunhão com Deus. Assim o profeta indica um tempo entre a volta do cativeiro e a vinda de Davi (Jesus) para fazer paz entre o povo e Deus.


Leia mais:

Amar a Quem Não Merece (O Que Está Escrito, agosto de 1998). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc58.htm

Divórcio e Arrependimento (C3). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/c3.htm

Davi e Bate-Seba: O Pecado de Adultério (D69). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d69.htm

Lições de uma Batalha Perdida (D79). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d79.htm

O Que Significa Perdoar? (D42). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d42.htm


Oséias 4

No capítulo 4, a mensagem deixa a família de Oséias (embora continue como pano de fundo da mensagem do resto do livro), e Deus volta a falar sobre sua relação com o povo de Israel.

4:1-3

A contenda de Deus com o povo de Israel. Deus levanta acusações contra Israel.

Falta: verdade, amor e conhecimento de Deus (1).

Prevalecem: perjúrios, mentiras, matanças, furtos, adultérios, arrombamentos e homicídios (2).

**Obs.: A contenda de Deus com o povo destaca o fato que há aspectos negativos e positivos na obediência. Ser servo de Deus não é somente abster-se da prática do mal; é cultivar a prática do bem. É fácil definir o cristão pelas coisas que não faz (talvez uma lista parecida com a do versículo 2 aqui), mas devemos ser pessoas habilitadas "para toda boa obra" (veja 2 Timóteo 3:16-17; Tiago 4:17).

A conseqüência dos erros de Israel: a terra e tudo que nela está sofre (3).

4:4-10

Deus contendeu com o povo porque outros não o fizeram. Seria o papel de sacerdotes, profetas e reis repreender e corrigir o povo, condenando a sua maldade. Mas, ao invés de condenar, eles participavam dos mesmos erros, até conduzindo o povo à iniquidade.

A acusação fundamental do livro de Oséias se encontra no versículo 6: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento".

**Obs.: Deus claramente culpou os sacerdotes por não ter guiado o povo no caminho dele. Hoje, muitos líderes religiosos não mostram um compromisso sério e absoluto com a palavra de Deus. Torcem a mensagem e aceitam práticas, tradições e doutrinas erradas para manter suas posições nas denominações. Tais pessoas receberão a condenação de Deus. Por outro lado, muitos adeptos das mesmas igrejas se contentam em ser "boas ovelhas", seguindo a liderança de outros sem questionar. Apaziguam a consciência com a idéia que os pastores são os responsáveis; não cabe aos seguidores decidir o que fazer. Que engano perigoso! Neste texto, os líderes erraram, mas o povo estava sendo destruído! Jesus disse: "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14).

Pessoas abençoadas pecam (7-10). Os sacerdotes foram abençoados por Deus com honra e muitos filhos, mas pecaram cada vez mais contra o Senhor. Como conseqüência de seus pecados, seriam castigados com o povo.

O erro atrás de todos os pecados destes sacerdotes: "ao Senhor deixaram de adorar" (10). Quando se entregaram à satisfação dos desejos carnais, deixaram de servir ao Senhor.

4:11-14

"A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (11). Mosto, aqui, provavelmente se refere ao suco de uva que já tinha começado o processo de fermentação, assim tendo condições de prejudicar o raciocínio.

A sensualidade e bebidas alcoólicas, por si só, já têm efeitos negativos nos pensamentos da pessoa. Pior ainda, são coisas ligadas à idolatria, induzindo a pessoa a abandonar o verdadeiro Deus (12). A descrença é uma forma de loucura ou insensatez (Salmos 14:1; 53:1; 10:4).

Deus comparou a idolatria à prostituição. É adultério espiritual (13).

Deus não castigaria as mulheres que praticavam esses pecados, pois os próprios pais e maridos participavam dos mesmos (14).

4:15-19

Neste parágrafo, o profeta deixa de falar com o povo de Israel e se dirige ao povo de Judá, o reino do sul, que continuava ainda mais fiel ao Senhor.

A advertência ao povo de Judá: Não se envolva nos pecados de Israel (15).

A lição dos erros dos outros: Israel perdeu o favor e a proteção do Senhor por causa do pecado (16).

A instrução: Deixe Israel com seus ídolos; fique longe dele (17).

O exagero do pecado de Israel: Até os príncipes se entregaram à loucura do pecado (18; veja Provérbios 16:12).

O resultado: Os pecados do povo, dos líderes religiosos e dos príncipes trariam o vento da ira de Deus sobre a nação (19; veja Isaías 29:6; 57:13; Jeremias 23:19; 30:23).

**Obs.: Efraim, a tribo donde veio Jeroboão I, representa o povo de Israel, o reino do norte (17).


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Amigos do Bem (Andando na Verdade, Ano 1, Número 4). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/199941.htm

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Oséias 5:1-14

Este capítulo continua o tema do capítulo 4, mas enfatiza mais o castigo que viria como resultado do pecado do povo e de seus líderes.

5:1-4

Deus reprova os sacerdotes, o povo, e os nobres. Estes tinham apanhado suas vítimas como se fosse numa rede ou laço usado para pegar pássaros (1).

Os crimes foram excessivos, e o castigo seria adequado aos crimes (2).

Efraim/Israel se contaminou com pecado, e não se escondeu de Deus (3).

O proceder do povo impediu seu arrependimento por dois motivos (4):

(1) O espírito de prostituição os dominava, dificultando qualquer tentativa de voltar. A pessoa que se entrega ao pecado enfrenta uma barreira dentro de si para voltar ao Senhor. Vicia-se no pecado, enganando-se com a idéia que pode facilmente sair a qualquer hora. O próprio pecado e o prazer dele prendem o pecador.

(2) Falta de conhecimento de Deus. O pecador, freqüentemente, se sente incapaz de se livrar do erro e não entende como Deus pode ajudar. Ele dá o apóio necessário para levantar o pecador de sua injustiça, e oferece o perdão necessário para limpar a consciência pesada. Mas, a pessoa dominada pelo pecado não cogita das coisas de Deus, e assim não enxerga a saída que ele oferece.

5:5-7

Como conseqüência do pecado, Israel (Efraim) cairia. Judá, também, seria castigado (5).

**Obs.: A soberba de Israel. Alguns comentaristas identificam a soberba de Israel com a glória de Jacó (Amós 8:7): Jeová. Outros acreditam que a arrogância e orgulho do povo seja a soberba aqui citada.

O povo buscaria o Senhor em vão, porque ele já se retirou deles (6). Compare com Ezequiel 8-10.

Como Gômer tinha concebido filhos de outros homens, Israel teve filhos que não eram do Senhor (7).

**Obs.: A Lua Nova se refere, provavelmente, a uma festa idólatra. Ao invés de trazer bênçãos, proteção e segurança para o povo, a sua idolatria traria castigo.

5:8-14

Deus castigaria tanto a Israel como a Judá. Este trecho trata os dois países de maneira igual, mostrando que a ira de Deus não seria dirigida apenas ao reino do Norte.

Gibeá e Ramá ficam perto da fronteira entre Israel e Judá. Bete-Áven (Casa de vaidade) é uma alteração de Betel (casa de Deus). Tocar as trombetas de alarme nestes lugares sugere, provavelmente, que os assírios já tinham passado pelo meio de Israel e estavam chegando perto de Judá. É uma profecia de como o castigo contra Israel seria, também, uma ameaça contra Judá.

Deus acusou os príncipes de Judá de mudar os marcos; por isso, seriam castigados (10).

**Obs: O pecado de Judá sugere uma aplicação espiritual nos dias de hoje. É Deus quem colocou os marcos definindo a separação entre o certo e o errado. Ele definiu limites. Homens não têm direito de mudar os marcos de Deus (veja 1 Coríntios 4:6; Colossenses 3:17 e 2 João 9).

Não teria livramento do castigo de Deus (11-14). Israel tentou fazer acordo com a Assíria, mas não adiantou. Ninguém é capaz de resistir a sentença de Deus.


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Esquecendo Betel e Gilgal (O Que Está Escrito?, Junho de 1998). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc56.htm

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Oséias 5:15 - 6:11

5:15 - 6:6

**Obs.: O sentido mais provável deste texto liga 5:15 com os primeiros versículos do capítulo 6 com a palavra "dizendo" (acrescentada pelos tradutores para completar a frase).

Deus aguarda o arrependimento do povo.

O povo não demora em buscá-lo, mas não mostra uma mudança de coração profunda. Ao invés de pensar principalmente em como feriram o Senhor com seus pecados abomináveis, eles querem uma saída do seu sofrimento.

**Obs.: Livramento do sofrimento é um motivo válido para empurrar o pecador ao arrependimento. Deus usa o sofrimento para disciplinar e castigar, e convida o pecador a voltar para ele para se livrar dessas conseqüências (considere o exemplo do filho pródigo, Lucas 15:11-32). Mas, o remorso precisa levar o ofensor ao reconhecimento do pecado como afronta pessoal contra Deus (veja 2 Coríntios 7:9-10).

O povo de Israel e de Judá voltaria ao Senhor para receber benefícios imediatos. A atitude deles é descrita em 6:1-3: Deus nos castigou e nos curará. Voltando para ele hoje, ele já restaurará as bênçãos em dois ou três dias.

Deus reconheceu a insinceridade desse "arrependimento" e comparou o amor do povo com a nuvem da manhã ou o orvalho da madrugada. Dura pouco tempo. É por essa razão que ele enviou profetas e castigos.

Deus queria misericórdia e conhecimento, não sacrifícios e holocaustos.

**Obs.: Sacrifícios e holocaustos serviam para aplacar a ira de Deus quando o povo pecava. Mas, a misericórdia não é pecado, e o conhecimento serve para evitar a iniqüidade e suas conseqüências (veja 4:6; 1 Samuel 15:22). Podemos entender esta atitude de Deus fazendo uma simples comparação com pais e filhos. Quando um filho desobedece e volta aos pais para pedir desculpas, os pais perdoam. Mas, todos os pais preferem que os filhos obedeçam para não ter a necessidade de pedir perdão.

6:7-11

Eles pecam como Adão, e sofrerão conseqüências como Adão. Este foi expulso da presença de Deus quando pecou.

Gileade (região ao leste do rio Jordão) é condenada por injustiça.

Os sacerdotes são condenados por sua crueldade como se fossem assaltantes.

**Obs.: Siquém, antigamente, era lugar de louvor ao Senhor (veja Gênesis 33:18-20). Foi no mesmo lugar que Josué renovou a aliança do povo com Deus (Josué 24:1,25). Aqui, os sacerdotes vão para um lugar que deve representar a glória de Deus e o compromisso com ele, mas agem com criminosos no caminho. É abominação ao Senhor.

Israel e Judá foram contaminados com a prostituição.

**Obs.: Qual a nossa atitude sobre louvor ao Senhor? Podemos, facilmente, imitar os erros dos israelitas. Quando desrespeitamos o Senhor no dia-a-dia, que sentido tem participar superficialmente em alguns atos de louvor? Deus quer obediência, e não só louvor exterior.


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Oséias 7

**Obs.: Nos capítulos 7 e 8, Oséias prega contra os líderes corruptos de Israel.

7:1-7

Deus estava disposto a curar o povo de Israel, mas a corrupção do povo, e especialmente dos líderes, impediu a salvação (1; veja Isaías 59:1-2).

Mesmo se o povo se enganasse, imaginando que Deus não perceberia a sua maldade, nenhuma das iniqüidades do povo foi encoberta (2).

Os líderes políticos apoiaram e se alegraram com os pecados do povo (3).

Nesse clima de anarquia, nem os próprios líderes que participaram dos pecados do povo ficaram isentos da violência. O povo consumia os juízes e os reis caíam (4-7).

**Obs.: Quatro dos últimos seis reis de Israel foram assassinados (veja 2 Reis 15).

7:8-16

Israel não percebia seu estado espiritual péssimo. Misturava-se com os povos (gentios, pagãos) e não percebia que era "um pão que não foi virado". Ele estava se envelhecendo, com a cabeça cheia de cabelos brancos, e não sabia que seu fim se aproximava (8-9).

**Obs.: Um pão (ou bolo) assado sobre o fogo e não virado não serve para nada. Queima-se num lado enquanto o outro lado nem assa completamente.

A soberba de Israel o acusava (veja 5:5), mas o povo não voltava para Deus (10).

Efraim agia como uma pomba desnorteada, vacilando entre o Egito e a Assíria, sem reconhecer que o único salvador é o próprio Deus. Por esse motivo, ele se tornou vingador e não salvador (11-13).

Ao invés de se arrepender de coração, o povo só reclamava pelos bens materiais perdidos, e continuou na rebeldia contra Deus (14-15).

A volta do povo foi insincera e incompleta; o resultado seria o castigo, até dos príncipes. O Egito, ao invés de ajudar o povo de Israel, zombaria deles no dia do castigo (16).


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Oséias 8

8:1-6

A trombeta soa o alarme! O castigo divino vem sobre o povo por causa da sua rebeldia (1; veja Ezequiel 33:1-3).

No mesmo espírito de arrependimento insincero (veja 5:15 - 6:4), o povo apela a Deus como um amigo esperando a proteção (2).

Mas Deus não seria enganado. Israel merecia o castigo (3-6). Entre os pecados deles:

(1) Rejeitar o bem

(2) Estabelecer seus próprios reis e príncipes, não os de Deus

(3) Fazer ídolos

(4) Mostrar-se incapazes da inocência/pureza

**O bezerro de Samaria refere-se ao bezerro de ouro erigido por Jeroboão I, o símbolo da idolatria do reino do Norte (veja 1 Reis 12:25-33). Nenhum ídolo, sendo meramente obra de artífice, pode se comparar a Deus (6; veja Isaías 44:1-20).

**Obs.: Incapazes da inocência (5). Este povo, depois de séculos de rebeldia, ficou cauterizado e endurecido no pecado. Perderam a inocência da juventude e se mostraram resistentes à verdade. É extremamente difícil desenvolver de novo a pureza que deve caracterizar o servo do Senhor. Ezequiel desafiou o povo com a mesma idéia, dizendo que precisavam criar dentro de si um coração novo (Ezequiel 18:31). Tal transformação é possível somente pelo poder de Deus (Ezequiel 36:26; Salmo 51:10).

8:7-14

"Semeiam ventos e segarão tormentas" (7). É bem estabelecido e conhecido o princípio de Deus que o homem ceifará o que semeia (Gálatas 6:7). Aqui, Deus mostra que o pecado do povo traria uma conseqüência maior do que imaginavam.

Israel "está entre as nações como coisa de que ninguém se agrada" (8-9). Deus usa, de novo, a figura de uma esposa adúltera (compare com 2:2-13; Ezequiel 16). Ela se torna tão feia e mal-tratada, devido aos anos de prostituição, que ninguém mais a quer. Até paga os amantes ("mercou amores").

**Obs.: Os amantes de Israel foram os falsos deuses e as nações com as quais tentaram fazer alianças para proteção. Como mulher adúltera, ela pagaria tributo, mas ninguém conseguiria protegê-la (8-10).

Efraim pecou contra Deus, multiplicando altares (11).

**Obs.: No Velho Testamento, Deus autorizou um lugar para manter o altar dele e fazer sacrifícios (Deuteronômio 12:1-14). Eles multiplicaram altares, voltando à idolatria que os antigos habitantes da terra praticavam. Se Deus expulsou aquelas nações por tal prática, claramente expulsaria Israel da terra.

A atitude do povo em relação aos mandamentos de Deus (12-14):

(1) Não deram a mínima importância às leis de Deus.

(2) Fizeram sacrifícios, não para agradar a Deus, mas porque gostavam da carne.

(3) Esqueceram de Deus e confiaram nas obras do homem.

A atitude de Deus em relação ao povo pecaminoso (13-14).

(1) Não aceita os sacrifícios egoístas deles.

(2) Lembra-se das iniqüidades deles.

(3) Castiga o pecado.

(4) Manda o povo para o Egito (representando o cativeiro na Assíria - veja 11:5).

(5) Envia fogo contra as cidades e palácios de Israel.

**Obs. Adoração egoísta? Parece impossível? O povo de Israel fazia sacrifícios porque eles gostavam da carne, não para agradar a Deus. Quantas pessoas hoje "adoram" a Deus porque elas gostam da música e de outros aspectos do "louvor"? Será que a nossa adoração pode tornar-se egoísta?


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Oséias 9

9:1-9

Parece que o povo sentiu alguma segurança, até motivo de alegria, mas Deus avisou que a prosperidade não continuaria (1-3).

**Obs. Houve ocasiões em que o povo gozou de paz, mas este fato não tirou a ameaça de castigo que Deus preparou (veja, por exemplo, 2 Reis 15:19-20).

Deus rejeitaria os sacrifícios e ofertas deles (4-5). Perderam a comunhão com ele.

**Obs.: O pão de pranteadores (4) não podia entrar no santuário de Deus por ser imundo por causa da morte.

O povo foge da destruição, mas enfrenta sofrimento e morte no seu refúgio (6).

Israel chegou ao limite da iniqüidade e seria castigado, mas trataram o profeta como louco e rejeitaram as suas advertências (7).

Eles se colocaram em oposição contra Deus, chegando a se corromperem como nos dias das atrocidades de Gibeá. Deus traria o castigo merecido pelo povo rebelde (8-9).

**Obs.: Gibeá foi a cidade de Benjamim onde a concubina do levita foi abusada e morta, e onde Deus julgou tanto a nação como a tribo. Este caso representa o pior da anarquia do período dos juízes (Juízes 19-21).

9:10-17

Israel começou bem. Como uvas no deserto ou as primícias da figueira, foram motivo de alegria para Deus. Mas eles se corromperam com a idolatria (10).

A fertilidade do povo se tornaria em esterilidade. O sofrimento veio porque o povo se apartou de Deus (11-17).

**Obs. A palavra Efraim significa "fruto dobrado". Devido ao pecado, Efraim teria esterilidade dobrada.

**Obs.: Gilgal era lugar de eventos importantes e bênçãos de Deus sobre o povo:

(1) Josué erigiu a coluna de doze pedras quando o povo entrou na terra prometida (Josué 4:20-24; veja Miquéias 6:5).

(2) Deus tirou o "opróbrio do Egito" na circuncisão dos homens que entraram na terra (Josué 5:7-9).

(3) Celebraram a primeira Páscoa na terra prometida (Josué 5:10).

(4) Comeram, pela primeira vez, do fruto da terra (Josué 5:11-12).

(5) O Senhor apareceu a Josué e prometeu a vitória sobre Jericó (Josué 5:13 - 6:5).

(6) O reino foi renovado e Saul proclamado rei (1 Samuel 11:14-15).

(7) O povo recebeu Davi quando ele voltou a reinar em Jerusalém (2 Samuel 19:15).

(8) Elias partiu de Gilgal na sua jornada final para os céus (2 Reis 2:1).

Infelizmente, o mesmo lugar passou a ser identificado com pecado e rebelião:

(1) Saul fez o sacrifício não-autorizado em Gilgal (1 Samuel 13:8-14).

(2) Deus rejeitou os sacrifícios do povo rebelde (Amós 4:4; 5:5).

(3) Deus chegou a aborrecer o povo em Gilgal, devido às maldades dos rebeldes (Oséias 9:15).

Deus rejeitou o povo, porque não o ouviram. Agora ficariam um bom tempo sem a possibilidade de ouvir a voz dele. Andaram errantes dentro da terra de Israel, agora andariam errantes entre as nações, ou seja, no cativeiro (17).


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Oséias 10

10:1-4

A prosperidade de Israel deveria ter incentivado o povo a se aproximar mais de Deus em gratidão. Mas eles fizeram o oposto. Quanto mais foram abençoados por Deus, quanto mais correram atrás dos ídolos (1).

**Obs.: Uma das ironias que observamos na História é esta tendência de pessoas prósperas não confiarem em Deus. Ele abençoa, mas a pessoa usa a prosperidade para seus próprios prazeres e não glorifica a fonte de todas as boas dádivas (Mateus 19:23-24).

Deus quebraria os ídolos do povo insincero (2).

O povo desobediente ficaria desamparado, passando por um período sem rei (3-4; veja 3:4-5).

10:5-8

O povo lamentaria a perda do seu ídolo bem conhecido: o bezerro de Bete-Áven (Casa de vaidade, o nome usado para se referir a Betel, que significa Casa de Deus).

O bezerro seria levado à Assíria (6). Que impotência! Um "deus" levado ao cativeiro. Enquanto o Deus verdadeiro vem sobre o povo para castigar a desobediência, o falso deus deles é levado por meros homens.

**Obs.: O Deus verdadeiro, também, foi levado pelos inimigos. Considere dois exemplos: (1) A arca da aliança, que representava a presença de Deus entre o povo, foi tomada pelos filisteus. Eles não agüentaram as pragas resultantes, e enviaram a arca de volta para Israel (1 Samuel5:1 - 7:1). (2) Jesus foi levado como cordeiro ao matadouro (Isaías 53:7), mas ele voluntariamente entregou a sua vida (João 10:17-18) e a tomou de volta (Lucas 24:6).

Não somente o ídolo, mas também o rei de Israel seria totalmente impotente e incapaz de proteger o povo (7).

Os outros ídolos e altares nos altos da vaidade seriam igualmente incapazes de ajudar os israelitas (8). O povo procuraria qualquer saída, até a morte súbita, para evitar o sofrimento do ataque dos inimigos (compare Lucas 23:30; Apocalipse 6:16).

10:9-15

De novo, Deus compara o pecado do povo com a perversidade que trouxe castigo sobre Gibeá (9; veja 9:9 e os comentários sobre esta cidade). A maldade do povo encontraria um castigo semelhante, ou até mais severo (lembre-se de que Gibeá e a tribo de Benjamim foram quase exterminadas).

Deus mesmo traria o castigo pela dupla transgressão de Israel (10).

**Obs.: A dupla transgressão? Há várias interpretações desta expressão, e o versículo não dá uma resposta definitiva. Porém, o contexto sugere o provável sentido. Os versículos anteriores falaram sobre a confiança do povo nos falsos e impotentes deuses e nos impotentes reis escolhidos pelo povo e não por Deus (8:4-5).

O povo não aproveitou as bênçãos do cuidado divino na sua juventude (bezerra) e agora sofre o trabalho duro sob o domínio de um opressor (11-12).

O povo ceifaria o que semeou (12-13; veja 8:7; Gálatas 6:7). Confiaram no poder humano, e seriam castigados pelo poder divino.

A angústia do castigo seria terrível (14). Ele o compara ao sofrimento de Bete-Arbel nas mãos de Salmã, quando as mulheres grávidas foram despedaçadas.

O castigo de Israel vem de Betel (casa de Deus). O rei seria destruído (15).

**Obs.: Por causa do pecado de Bete-Áven, vem a ira de Betel (10:5,15).


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Oséias 11:1-11

11:1-4

Deus amou Israel como um filho, chamando-o da escravidão no Egito (1; veja Êxodo 4:22-23; 13:16).

**Obs.: O Egito representa escravidão, cativeiro e até pecado. Israel saiu da escravidão, mas já estava voltando, ou seja, por causa do pecado iria ao cativeiro. No Novo Testamento, o Egito também representa o pecado, e o êxodo simboliza a salvação no batismo (1 Coríntios 10:1-2).

Quanto mais Deus chamava Israel para ser um povo santo, tanto mais eles se afastavam dele, até praticando idolatria (2).

Deus criou e cuidou de Israel, mas o povo não deu importância ao amor demonstrado pelo Senhor (3-4).

11:5-7

Israel iria ao cativeiro na Assíria (5).

**Obs.: Aqui confirmamos que as referências ao Egito (8:13; 9:6; 11:1) representam a idéia de cativeiro, e nem sempre o país em si. Este versículo deixa bem claro que o cativeiro não seria no Egito e, sim, na Assíria.

A espada de castigo cairia sobre Israel por causa dos constantes desvios do povo (6-7).

Mesmo quando o povo foi estimulado a olhar para cima, ele não o fez (7).

**Obs.: Talvez a maior batalha na vida do servo de Deus acontece na própria mente. É tão fácil se envolver tanto nas coisas deste mundo - sejam coisas pecaminosas ou simplesmente os cuidados do dia-a-dia - que esquecemos das coisas de Deus. Deus enviou correções e profecias para que o povo olhasse para cima, mas não o fez. Considere as seguintes passagens que sugerem boas aplicações em nossas vidas: Mateus 6:19-34; Marcos 10:17-34; Lucas 8:14; 9:57-62; Filipenses 4:6-9; Colossenses 3:1-2).

11:8-9

O povo não olhou para cima, mas Deus olhou para baixo! Ele contemplava o povo rebelde com compaixão e amor. Não se decidiu a destruir Israel totalmente. A ira foi amenizada pelo amor, a compaixão e a misericórdia do Senhor. Ele viria, mas como o Santo Deus, superior aos homens e acima da odiosa vingança deles.

**Obs.: Admá e Zeboim foram cidades vizinhas de Sodoma e Gomorra, entre as cidades totalmente destruídas em Gênesis 19 (veja Gênesis 10:19). Uma das maldições que viriam sobre Israel, se fosse rebelde, era a destruição igual à destas cidades (Deuteronômio 29:23). Em Oséias, Deus diz que a compaixão dele mitigaria a sua ira, para não chegar a tal exterminação merecida pelo povo pecaminoso.

**O Santo no meio do povo não voltaria em ira. A santidade e justiça de Deus trariam a destruição imediata ao povo impuro (Êxodo 33:3). Ele poderia entrar no meio do povo somente em duas circunstâncias: (1) O povo teria que ser purificado dos seus pecados (veja Isaías 6:5-7), ou (2) Ele teria que conter sua ira e vir em compaixão e graça para salvar. É exatamente isso que aconteceu quando Jesus habitou entre os homens, buscando e salvando os perdidos (João 1:14).

11:10-11

Eles (o remanescente arrependido) andariam após o Senhor. Ele bramaria como leão para chamar os seus do cativeiro. Viriam tremendo (não na arrogante teimosia de antes, mas com a humildade que agrada ao Senhor).

Deus faria o povo habitar em suas próprias casas, abençoando-os como antes.


Leia mais:

Contentamento (D74). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d74.htm

Libertação Espiritual (D27). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d27.htm

Crucificando a Carne (D23). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d23.htm

O Que Significa Perdoar? (D42). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d42.htm

Semeando para a Carne - Ceifando Corrupção (A11). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a11_12.htm

As Condições para o Perdão (A13). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a13_20.htm

Deus: Nosso Criador e Redentor (Andando na Verdade, Ano 2, Número 1). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/200011.htm

O que Há de Novo? (Andando na Verdade, Ano 2, Número 3). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/2000316.htm

A Compaixão de Jesus (O Que Está Escrito?, Julho de 2002). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc97.htm

Fugindo de Deus (O Que Está Escrito?, Junho de 1995). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc26.htm

A Paciência de Deus: Um Aspecto Importante do Seu Amor (Andando na Verdade, Ano 2, Número 2). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/200021.htm

Lamentações Inúteis (O Que Está Escrito?, Fevereiro de 2002). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc92.htm


Oséias 11:12 - 12:14

11:12

Deus está pronto para castigar Efraim por suas mentiras, mas ele não esqueceu de Judá.

**Obs.: Há dúvida sobre o sentido da segunda parte deste versículo, e a dificuldade se reflete nas diferenças entre traduções. A ARA2 diz: "...mas Judá ainda domina com Deus e é fiel com o Santo". A NVI diz: "...e Judá é rebelde contra Deus, a saber, contra o Santo fiel". Neste caso, a tradução da NVI parece mais coerente, pois os versículos seguintes apresentam a contenda de Deus com Judá.

12:1-2

Efraim, por sua rebeldia, pediu o castigo (1).

**Obs.: O vento leste naquela região trouxe o quase insuportável calor do deserto. Aqui ele representa a punição que viria sobre Israel (veja 13:15).

Deus tinha contenda com Judá (veja 4:1) e traria castigo segundo as obras más do reino do sul (2).

**Obs.: Jacó, o nome original de Israel, representa aqui o povo que descendeu dele, dividido na época de Oséias em dois reinos: Israel e Judá. Jacó era irmão de Esaú e pai dos 12 filhos que se tornaram pais das tribos de Israel.

12:3-10

Jacó, o homem, contendeu com os outros durante a vida toda (3-4). Antes de nascer, lutou com o irmão, Esaú (Gênesis 25:26). Jacó continuou tentando ganhar vantagem sobre os outros por meio de engano, até lutando com o próprio Deus (veja Gênesis 32:24-30).

Afinal, Jacó encontrou Deus em Betel, o mesmo lugar onde o povo abandonou o Senhor com a idolatria de Jeroboão I (4).

Deus pediu que o povo voltasse para ele (5-6).

**Obs.: Observe alguns aspectos da verdadeira conversão: (1) O objeto é o Senhor. (2) A conversão envolve o amor, o juízo (obediência à vontade de Deus) e a esperança nele.

Efraim usou uma balança enganosa e amou a opressão, ou seja, praticou a desonestidade e abusou outros nos seus negócios. (7). Mesmo assim, o povo negou a sua culpa, achando que se enriqueceu pela própria esperteza (8).

**Obs.: Literalmente, o versículo 7 sugere que Efraim (Israel) se tornou um Canaã, um comerciante desonesto.

O mesmo Deus que tirou o povo do Egito o faria habitar em tendas de novo (9).

**Obs.: O período no deserto, representado aqui por tendas, seria um tempo de purificação para depois se reconciliar com Deus (compare com 2:14).

**Obs.: A Festa dos Tabernáculos foi comemorada no sétima mês de cada ano para lembrar da salvação que Deus realizou tirando o povo do Egito (veja Levítico 23:33-44).

Por meio de profetas, visões e símiles (parábolas), Deus avisou o povo da necessidade do arrependimento e das conseqüências do pecado (10).

12:11-14

Gileade (11) representa a iniqüidade (veja 6:8) e Gilgal representa o lugar onde Deus rejeitou o povo (veja 9:14)

Jacó, o homem, fugiu para a terra da Síria e praticamente se tornou escravo para ganhar a sua mulher (12), mas Deus trouxe Israel, o povo, da escravidão no Egito e lhe deu a terra prometida (13).

**Obs.: Observe os contrastes aqui. Jacó fugiu da terra; Israel foi conduzido à terra. Jacó entrou na escravidão; Israel saiu da escravidão. Jacó cuidou do gado do outro; Israel foi guardado pelo profeta de Deus (Moisés).

Ao invés de servir a Deus com gratidão, o povo provocou o Senhor à ira. O povo teria que pagar pelo sangue derramado na terra (14).

**Obs.: Sangue derramado exige castigo (Gênesis 4:10; Êxodo 21:12; Isaías 26:21; Romanos 12:19; 13:4; Apocalipse 6:10; 19:2).


Leia mais:

A Verdadeira Conversão (D29). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d29.htm

Jacó e José: Uma Diferença Fundamental (O Que Está Escrito?, Setembro de 1998). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc59.htm

A Revelação do Plano de Deus (A1). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a1.htm

Esquecendo Betel e Gilgal (O Que Está Escrito?, Junho de 1998). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc56.htm

A Relação do Cristão com o Governo (D9). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d9.htm


Oséias 13

13:1-4

Antigamente, Efraim foi respeitado e exaltado em Israel, mas morreu por causa da idolatria (1).

**Obs.: Efraim foi escolhido acima do seu irmão mais velho, Manassés (Gênesis 48:11-22). Jeroboão I, o homem escolhido por Deus para governar Israel depois da morte de Salomão, foi efraimita (1 Reis 11:26). Foi ele mesmo que conduziu o povo à idolatria (1 Reis 12:25-33), causando a queda de sua própria família (1 Reis 15:25-30) e, dois séculos mais tarde, da nação de Israel (2 Reis 17:21-23).

Mais uma vez, Deus frisa a loucura da idolatria (2). Homens fabricam imagens e as adoram! Até beijam bezerros! Veja Isaías 44:9-20.

Por causa da idolatria de Israel, eles passariam logo (3). Deus usa, neste versículo, quatro ilustrações para mostrar que a nação chegaria ao seu fim em pouco tempo.

**Obs.: Israel tinha pouco tempo mas não percebeu a iminência do julgamento (veja 7:9). Nós, também, temos pouco tempo e devemos nos preparar para o julgamento (Tiago 4:14; Hebreus 9:27).

Em contraste com os ídolos impotentes, o Senhor afirma a sua posição como o único e onipotente Deus (4). No passado: ele salvou o povo do Egito. No presente: não há outro Deus que mereça a adoração do povo. No futuro: ele é o único salvador.

**Obs.: No "pluralismo" religioso que influencia cada vez mais os pensamentos de pessoas na sociedade atual, somos constantemente pressionados a aceitar a coexistência de diversas idéias sobre Deus, sugerindo que todas as religiões são válidas. O servo de Deus precisa enfrentar tais noções com amor e convicção. Amando Deus acima de todos (Mateus 22:37-38), jamais abandonaremos a convicção que o Deus da Bíblia é o único verdadeiro Senhor. A nossa guerra não é carnal, e não usaremos armas e táticas carnais. Confiaremos na palavra de Deus para anular as falsas doutrinas e filosofias daqueles que não exaltam o único Deus (veja 2 Coríntios 10:3-6). Amando ao próximo (Mateus 22:39), vamos apresentar a palavra de Deus para extrair outros da confusão de falsas religiões, jamais aceitando as crenças em deuses e filosofias que contradizem as Escrituras. Devemos lembrar que falsas religiões são abominações diante de Deus, e que cabe a nós mostrar a falsidade desses sistemas errados. Fé no Deus da Bíblia exclui aceitação de qualquer outro sistema religioso (Atos 4:12).

13:5-11

Deus conheceu a Israel no deserto e forneceu as necessidades do povo, mas eles logo esqueceram dele (5-6).

**Obs.: Fisicamente, Deus sustentou o povo no deserto, depois do êxodo do Egito (veja o contexto do versículo 4). Espiritualmente, ele o sustentou, como ele continua nos guiando hoje (veja 1 Coríntios 10:1-13).

**Obs.: Na prosperidade, o povo se afastou de Deus (6). Ao invés de ficarem mais fiéis na gratidão pelas bênçãos recebidas, pessoas prósperas tendem a esquecer o Senhor. É um dos motivos pelos quais Jesus e seus seguidores nunca enfatizaram a prosperidade financeira. As igrejas de hoje que incentivam as pessoas a buscar a prosperidade estão conduzindo os adeptos à perdição!

Devido à desobediência do povo, Deus se preparou para atacar e despedaçá-lo (7-8).

A ruína de Israel veio dele mesmo. A única esperança viria de Deus (9; veja Atos 4:12).

O povo, porém, continuou confiando no rei (10). O rei não pôde salvar.

Deus deu um rei quando o povo pediu e tiraria o rei porque o povo, por sua rebeldia, pediu castigo (11).

**Obs.: O primeiro rei de Israel, Saul, foi dado por Deus por causa da insistência do povo. Era o tipo de rei que o povo queria, mas a escolha dele representava a rejeição de Deus como único e soberano rei (1 Samuel 8:6-8). Depois de séculos de desobediência e de reis que não respeitaram ao Senhor, ele está prestes a tirar o rei de Israel.

13:12-16

Deus guardou o pecado do povo como prova e motivo do castigo por vir (12).

A nação deve nascer, mas demora e resiste como um filho que demora para nascer (13).

**Obs.: Quando a criança demora para nascer, corre risco de vida para a mãe e o filho. O parto de risco envolve sofrimento e dor, mas é necessário enfrentá-lo para começar a nova vida. O povo teria que passar pela experiência dolorida de cativeiro e castigo para começar a nova vida. Compare com Ezequiel 37, onde Deus mostra que é capaz de trazer vida da morte.

Deus prometeu resgatar o povo da morte (14). Nem a morte nem o inferno seriam capazes de segurar o povo. Deus o traria de volta, e não se arrependeria do seu plano de salvar o povo.

**Obs.: Esta promessa se cumpriu parcialmente na volta do cativeiro e num sentido mais amplo na vinda de Jesus para nos salvar. O pleno cumprimento, porém, virá na ressurreição dos mortos no último dia (1 Coríntios 15:55).

As promessas de salvação no futuro não obstantes, a punição vem (15-16). Qualquer prosperidade de um povo frutífero será destruída pelo vento leste de destruição e castigo (veja 12:1). De novo, Deus repete os avisos de castigo severo por causa da rebeldia do povo: espada, filhos despedaçados, mulheres grávidas abertas pelo meio.

**Obs.: As dores do parto (versículo 13) seriam terríveis antes de começar a nova vida!


Leia mais:

O Que a Bíblia Ensina sobre a Morte e o Julgamento? (D12). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d12.htm

A Idolatria e a Feitiçaria (A11). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/a11_5.htm

Os Altos Não Foram Tirados (D100). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d100.htm

Deus: Nosso Criador e Redentor (Andando na Verdade, Ano 2, Número 1). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/200011.htm

Deus (D13). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d13.htm

Éramos como Gafanhotos (O Que Está Escrito?, Julho de 1994). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/esc17.htm

Entendendo as Promessas de Deus Quanto às Bênçãos Materiais (D7). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/d7.htm

É Errado Ser Rico? (A16). Na Internet: https://www.estudosdabiblia.net/bd46.htm


Oséias 14

14:1-3

Estes primeiros versículos são um apelo ao povo de Israel, definindo os pontos principais do arrependimento que Deus quer deles:

(1) Voltar para Deus (1). Às vezes, pessoas reconhecem problemas e até erros na vida, mas ainda não voltam ao Senhor. Judas Iscariotes tentou fugir, cometendo suicídio, quando deveria ter voltado para Jesus pedindo perdão (Mateus 27:3-5).

(2) Reconhecer o próprio pecado (1). A tendência de muitas pessoas é jogar a culpa em outros (eles me fizeram...) ou nas próprias circunstâncias (aconteceu...). A volta ao Senhor exige que a pessoa assuma o que fez, reconhecendo o seu pecado.

(3) Falar palavras de arrependimento (2). Obviamente, o pecador que volta ao Senhor deve mostrar frutos do arrependimento (Mateus 3:8). Mas, também, deve falar palavras de arrependimento. Deve confessar o seu pecado e pedir perdão (veja 1 João 1:9; Tiago 5:16).

(4) Pedir perdão (2). O pecado ofende. Todos os pecados são ofensas contra Deus. Alguns ofendem outras pessoas. Precisamos pedir perdão às pessoas ofendidas (Atos 8:21-23; Lucas 17:3-4).

(5) Oferecer serviço e sacrifício ao Senhor (2). O pecador purificado deve exaltar o nome do Senhor (veja Salmo 51:13-17).

(6) Abandonar outras "soluções" (3). Israel precisava deixar a sua confiança em: (a) Alianças com outros povos (Assíria, Egito, etc.); (b) Força militar (cavalos); (c) Falsos deuses (obra das nossas mãos).

(7) Confiar exclusivamente em Deus (3). Ele é o único Deus e aquele que mostra misericórdia ao órfão.

**Obs.: Mais uma vez, observamos que o arrependimento necessário para efetuar uma reconciliação depois de infidelidade é completo. A pessoa que trai o seu cônjuge precisa abandonar, totalmente, os seus "amantes" e voltar ao legítimo companheiro.

14:4-8

Se Israel se arrependesse da maneira descrita nos primeiros três versículos, Deus perdoaria da forma definida neste parágrafo:

(1) Curar a infidelidade de Israel (4). A traição traz conseqüências e seqüelas. Como um marido que perdoa e aceita de volta a sua esposa infiel, Deus age para curar Israel.

(2) Ele ama o arrependido (4). O amor de Deus é incompreensível aos homens. Depois de tudo que Israel fez, ele tomou a nação de novo como sua esposa e mostrou o seu amor para com ela (veja 2:14-20; 11:8-11; Ezequiel 16; João 3:16).

(3) Ele ajuda o arrependido crescer e produzir fruto (5). Como Jesus perdoou e aceitou Pedro depois deste o negar e lhe deu grandes responsabilidades no reino (veja João 21:15-17) e Paulo pediu a ajuda de Marcos depois de tê-lo rejeitado (2 Timóteo 4:11; Atos 15:37-39), Deus prepara o servo arrependido para seu papel no reino do Senhor.

(4) Ele aperfeiçoa o arrependido para que ele possa mostrar a sua beleza e ajudar outros (6-7).

(5) Ele não trata o arrependido como os ídolos fariam (8). Os ídolos são impotentes e não trazem nenhum benefício real à pessoa. Deus acolhe o arrependido e cuida dele.

14:9

Oséias conclui o livro com um apelo aos sábios. O sábio entende e segue a palavra do Senhor, enquanto os transgressores caem nela.