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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Êxodo: A Constituição de Israel


“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:2). Estas palavras, faladas no monte Sinai antes de Deus pronunciar os dez mandamentos, resumem bem a mensagem central do segundo livro da Bíblia. Êxodo, o título comum deste livro, se refere à saída dos israelitas do Egito depois de gerações naquele país, a última parte deste período na condição de escravos. O livro é atribuído a Moisés e se mostra importante para entender o papel deste líder na formação da nação de Israel 3.500 anos atrás.

Um dos principais objetivos do livro de Gênesis foi explicar as raízes do povo judeu como descendentes do patriarca Abraão. Iniciando com um resumo rápido das mudanças mais importantes nas gerações depois de José, o livro de Êxodo então foca o estabelecimento da nação de Israel durante a vida de Moisés.

Depois dos primeiros dois capítulos, que incluem uma narração rápida dos primeiros 80 anos da vida de Moisés, o resto do livro relata os acontecimentos durante um período de um pouco mais de um ano. Durante este período, Deus constituiu a nação de Israel, cumprindo uma das três partes da promessa feita a Abraão séculos antes (veja Gênesis 12:1-3).

Quando uma nova nação é formada, é comum a preparação de algum documento que define os princípios pelos quais o povo será governado. Conhecemos este documento como constituição. Podemos olhar para o livro de Êxodo, especialmente o trecho começando com os dez mandamentos (capítulo 20 em diante) como a constituição da nação de Israel. A partir deste capítulo, Deus anuncia ao povo os princípios desta teocracia. Esta parte da revelação de Deus teve um grande impacto no futuro do povo judeu, e tem influenciado sistemas de lei adotados por muitas outras nações ao longo dos últimos 3.500 anos.

No livro de Êxodo, encontramos a narração dos seguintes acontecimentos importantes:

Capítulo 1 fala da circunstância do povo de Israel na escravidão no Egito, servindo como ponte de ligação entre José e Moisés.

Capítulo 2 resume os primeiros 80 anos da vida de Moisés e explica o motivo de ele ficar longe do seu povo.

Capítulos 3 e 4 contêm a história do início da missão de Moisés. Ele foi equipado por Deus para uma tarefa exigente de libertar o povo do faraó (rei) egípcio e conduzi-lo à terra prometida séculos antes aos patriarcas.

Capítulos 5 a 14 falam do sucesso de Moisés, guiado por Deus em cada passo, em vencer o rei e os deuses do Egito para livrar os israelitas da escravidão.

Capítulos 15 a 18 relatam a história das primeiras semanas da viagem deste povo depois do livramento da escravidão, no trajeto do Egito para o monte Sinai.

Capítulos 19 a 40 registram os principais acontecimentos dos próximos 10 meses, terminando um mês antes da saída do povo do monte Sinai. Nestes capítulos, lemos sobre: a revelação da Lei de Deus por meio de Moisés, incluindo as instruções sobre o tabernáculo, seus móveis e o sacerdócio da família de Arão (capítulos 19 a 31); o grave erro de Arão e o povo em fazer um bezerro de ouro (capítulos 32 e 33); a segunda revelação da Lei a Moisés (capítulo 34), a preparação e montagem do tabernáculo, o templo móvel que seria usado durante o resto da viagem para a terra prometida (capítulos 34 a 40).

O livro de Êxodo encerra com a descrição da presença de Deus no tabernáculo, mostrando a grande bênção da comunhão entre o Senhor e seu povo escolhido.

–por Dennis Allan

 

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