O segundo monólogo de Jó (29:1 - 31:40)
I. Jó descreve seu passado feliz (29:1-25)
A. Jó tem saudade do tempo quando Deus velava por ele (vs. 1-10).
1. Era um tempo de fartura e prosperidade (v. 6).
2. Jó gozava do respeito de todos os outros homens, tanto jovens como velhos (vs. 7-10).
B. Ele declara a razão para tal respeito (vs. 11-17).
1. Sua conduta reta era conhecida pelos outros.
2. Ele tinha ajudado os necessitados, até ao ponto de resgatá-los dos ímpios (v.17).
C. Jó relembra seus antigos sentimentos (vs. 18-20).
1. Ele tinha previsto a continuação das bênçãos e da prosperidade em vista de sua justiça.
2. "Expirar no meu ninho" parece significar que Jó tinha previsto morrer em seu próprio lar ou que morreria na presença e no conforto de seus filhos (v. 18).
3. O arco era um símbolo de força; Jó tinha previsto a bênção de vigor inquebrantável (v. 20).
D. Jó continua a se lembrar do respeito que tinham por ele no passado (vs. 21-25).
1. Seu conselho era tão bem recebido como as chuvas necessárias e sua advertência não era discutida (vs. 21-23, 25).
2. Ele era uma fonte de ânimo para aqueles que estavam desanimados e não se deixava afetar pelo desânimo deles (vs. 24).
II. Jó descreve o mau trato recebido no presente (30:1-31)
A. Ele descreve os jovens que agora zombam dele (vs. 1-8).
1. Enquanto ele costumava gozar do respeito dos idosos e nobres, agora é zombado pelos que pertencem à mais baixa camada da sociedade.
2. Os escarnecedores eram esfomeados e animalescos!
B. Jó relata seu tratamento nas mãos destes marginais (vs. 9-15).
1. Eles o maltratam como se ele fosse o vagabundo.
2. Jó usa a figura de uma cidade sitiada para retratar o abuso deles (veja vs. 12).
C. Jó volta sua atenção para o sofrimento que lhe é causado por Deus (vs. 16-23).
1. Ele se tornou desesperançado como resultado de sua dificuldade (vs. 16).
2. Ele recita os efeitos de sua aflição física (vs. 17-18).
3. Começando no versículo 19, Jó dirige seus comentários ao próprio Deus.
a. Ele acusa Deus de ser cruel com ele e então ser indiferente ao seu sofrimento (vs. 20-21).
b. O versículo 22 parece significar que Deus tornou a vida de Jó "tempestuosa."
c. Jó está certo de que Deus causará sua morte (vs. 23).
D. Jó lamenta seu tratamento nas mãos de seus companheiros (v. 24-31).
1. É mais do que razoável que o sofredor busque ser assistido por outros (v. 24).
2. Ponderando que ele tinha ajudado os outros, Jó está aflito por ter ele mesmo recebido tão pouca ajuda dos outros (vs. 25-26).
3. Ele está acabado pela miséria (vs. 27-31).
a. Ele é considerado boa companhia somente para os animais do deserto (v. 29). Pode ser que Jó mencione estes animais (chacais) por causa de seus gritos inconfundíveis, que parecem sons de sofrimento.
b. Seu sofrimento físico é grande, não lhe deixando motivo para alegrar-se (vs. 30-31).
III. Jó afirma sua inocência (31:1-40)
A. Para quase todo pecado do qual Jó declara sua inocência, o modelo é o mesmo. Ele pronuncia uma maldição sobre si mesmo "se" tiver cometido tal impiedade, sendo a conclusão que sua integridade está intacta.
B. Ele proclama sua inocência na área dos pecados sensuais (vs. 1-12).
1. Ele tinha sido diligente em evitar a cobiça pelas mulheres, percebendo que não poderia esperar as bênçãos de Deus se ele fizesse isso (vs. 1-4).
2. Observe as maldições que ele lança sobre si mesmo nesta parte:
a. Privação dos benefícios de seus labores (v. 8).
b. Sua esposa ser escrava de outro homem para sofrer violência sexual nas mãos de outros homens.
C. Ele cita sua recusa em abusar de seu poder sobre seus servos, raciocinando que eles foram formados pelo mesmo Deus que ele (vs. 13-15).
D. Jó declara que tinha sempre cumprido suas responsabilidades beneficentes para com os desventurados e não tinha tirado vantagem dos desamparados (vs. 16:23).
1. A expressão "desde o ventre de minha mãe" é uma figura hiperbólica (exagerada) significando desde a juventude da pessoa (v. 18).
2. O versículo 21b se refere aparentemente à oportunidade para obter vantagem com a aprovação daqueles que normalmente eram responsáveis em cuidar que a justiça fosse feita.
E. Por dedução, Jó declara ser limpo do pecado de confiar em sua riqueza (vs. 24-25).
F. Por dedução, ele nega ser culpado de idolatria (vs. 26-28).
G. Ele é inocente de pensamentos desonrosos para com seus inimigos (vs. 29-34).
1. Observe que toda a parte consiste de sentenças incompletas, nas quais Jó apresenta a condição, mas omite a conseqüência.
2. Ele declara que não tem escondido seus pecados como Adão o fez; ele não temia que outros conhecessem sua conduta (vs. 33-34).
H. Tendo completado sua defesa, Jó novamente exprime seu desejo de encontrar-se com Deus e saber as acusações que estão sendo feitas contra ele (vs. 35-40).
1. Ele prestaria contas de sua conduta alegremente, confiante que tinha vivido retamente e que tal coisa seria reconhecida (vs. 35-37).
2. Jó conclui chamando sua terra como testemunha de que ele não tinha sacrificado sua integridade (vs. 38-40).
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